Início da criação
Você deve estar pensando que precisará começar do começo, certo? Partindo do surgimento do cosmo e de toda criação, contudo, esse tipo de pensamento está errado. Não que errado e certo existam, afinal, são concepções humanas e não usaremos termos do tipo aqui. O que eu quis dizer é que, caso opte por começar pelo começo de tudo, envolvendo um Criador, que no caso seria você... Você se colocaria em uma situação muito mais complicada, pois teria que pensar em diversas perguntas que acarretariam diversas outras em conjunto, fazendo você perder horas, dias, meses e talvez até mesmo anos em busca de tais respostas.
Por que falo isso? Bem, eu estou nessa jornada de criar um universo a cerca de quatro anos e devo confessar que é um processo árduo e trabalhoso, principalmente quando chegamos no princípio de tudo, afinal, não existia nada, então de onde você surgiria para criar o mundo, entendeu? São perguntas filosoficas que carregam o peso mental que encontrarás ao criar tudo do começo, mas não tema, eu tenho alguns passos que são super úteis em criações de universo. Vamos começar?
Comece de modo simples, busque criar algum conto (Não é obrigatório, mas ajuda), eu recomendaria dar vida a um livro, pois livros são maiores e dará oportunidades de trabalhar em cima de mais coisas. O porquê(motivo) desse conselho? É simples, criando uma narrativa com enredo, você estará dando à luz a um local, geralmente um continente ou cidade, não precisa começar de forma grandiosa, os rpg’s explicam isso de modo surpreendentemente útil, usando o conceito de começar pequeno e ir expandindo o mundo à medida que o mesmo vai se desenvolvendo...
Usaremos um conceito parecido com este, contudo, estamos lidando com um universo e não com um rpg, entenda, um rpg pode ter problemas e incoerências no desenrolar da história, afinal, a história sempre será contata pelos jogadores, mas aqui, na criação de mundos, somos nós os Criadores e como Criadores... Tudo é nossa responsabilidade. Não há tempo para temer, pois farás o papel de um Deus, criando todo o conceito de mundo que queres ver.
Um exemplo que gosto mundo de falar sobre o ato da criação, eu comecei usando as espécies(raças) que sempre achei interessante ao redor da cultura de rpg, entenda que utilizar raças não é plagiar ou copiar o trabalho de alguém, pois no ato da criação as raças não se tornaram as mesmas, apesar de terem um conceito visual ou de características que se baseiem umas nas outras. Como citei no exemplo, estava falando de elfos, sim, uma raça tão antiga que surgiu graças às mudanças feitas por Tolkien, que utilizou da mitologia Nórdica para transmutar(Transformar) esta raça em algo mais próximo de uma visão humanoide. Alguns críticos dizem que Tolkien apenas humanizou os elfos, que caso não saibam teriam uma aparência diminuta e parecida com o que chamam de fadas hoje em dia... E eu concordo, Tolkien humanizou os elfos para se adaptarem em seu mundo e é sobre isso que iremos tratar aqui.
Os elfos são criaturas comuns em todo e qualquer mundo de fantasia, com diversos autores e criadores utilizando sua cultura e aparência para moldá-los, contudo, evite o uso de palavras como elfos, não que seja errado, você pode usar o termo elfo para citar que é assim que eles são rotulados pelas demais raças, mas vejamos, os elfos não se chamariam de elfos, certo? E é aqui que entra a parte de criação, você pode usá-los, mas seria mais interessante se dessemos um novo nome para a raça, por mais que ainda possamos utilizar a nomenclatura antiga (Elfos), mas será mais interessante justamente por ser um mundo novo usarmos uma nova nomenclatura que se adapte aos seus conceitos de mundo. É assim que eu uso as raças que já foram criadas por outras pessoas.
Pegando algo já criado e moldá-lo para se encaixar na sua visão de mundo é justamente um ato de criação. Assim você não cometerá o erro de plagiar algo, mas transformará esse algo totalmente em algo único, é importante lembrar que existem casos e casos, por exemplo, não se pode usar os Tieflings do Dnd com a mesma nomenclatura, pois dá um baita processo. Mas, caso você pense bem, não existe proteção(Registro) de mitologia, ou seja, ninguém pode te impedir de usar o conceito visual da aparência dos tieflings... No caso, sua aparência “Demoníaca”. E foi assim que eu criei uma outra raça em cima de algo já criado, claro, no início tive uma ideia de praticamente ir seguindo o rumo comum, com a ideia de serem filhos de demônios, mas quando percebi o quão repetido isso ficaria... Tomei um novo rumo e acabei chegando a um ponto interessante... Os Deuses do meu mundo.
Não falaremos de Deuses por agora, irei citar alguns por menores da criação. Com a criação de uma espécie(Raça), você será forçado a criar um local onde eles habitam, quer seja uma cidade, uma tribo, vila, local... E assim você já será forçado a pensar em condições biológicas para a raça que acabou de criar, além de claro, criar características que os destaquem de outras obras, um exemplo, meus elfos possuem sub-espécies, pois divisões surgiram aos longos das eras, fazendo com que cada um deles tenham suas próprias características únicas que os diferenciam, mas claro, são diferenças pequenas, que podem ser notadas por qualquer pessoa, mas, óbvio, que a grande maioria das demais raças os veem como elfos, nomenclatura geral.
Viram? Com a criação de um povo... Automáticamente criamos um local onde eles habitam, agora, o que temos que pensar? Podemos embarcar em coisas como idade maxima, alimentação, taxa de nascimento entre gêneros, se esta espécie possue conceitos de macho e fêmeas, características físicas, habilidades da raça, conflitos com alguns animais ou raças (E aqui já abrimos a porta para mais criações).
Eu sei que parece um pouco confuso e que realmente não me foquei em tudo, pois quero abordá-los por tópicos que serão melhores de entender o ato da criação em si. Esse pequeno texto foi apenas um modo de embarcamos no conceito inicial da criação, lembrando-os que todo ato de criação é um ato divino em si e aqui, na nossa imaginação, podemos criar tudo que desejarmos, por isso, amigos, aprecie o seu poder de criação.
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